Pesca Sustentável com Sensoriamento Remoto
O uso do sensoriamento remoto por satélites no ambiente marinho tornou-se fundamental para o monitoramento e avaliação de impacto ambiental. Imagens globais, diárias, sistemáticas e de alta resolução obtidas de satélites fornecem uma boa fonte de dados para o manejo de pesca e dinâmica de população de peixes marinhos (CHASSOT, Emmanuel et al., 2011). O objetivo da minha proposta é a criação de mapas de alta incidência biológica utilizando dados de satélite tais como altimetria, clorofila e temperatura da superfície do mar. Com estes mapas será possível auxiliar a indústria pesqueira para saber em quais áreas é possível realizar a pesca de modo mais sustentável sem o gasto excessivo de recursos, evitar a pesca em regiões onde há o predomínio de espécies em extinção que seguem feições físico-biológicas medidas pelos satélites (e.g. tartarugas), como também atrelar à decisão de políticas públicas referentes ao manejo de pesca e uma fiscalização mais focada em regiões de interesse.
- Problema que resuelve su propuesta
- A sobrepesca (quando a pesca é realizada de modo que os estoques pesqueiros não conseguem se recuperar) é algo que vem colocando em risco o ecossistema marinho. De acordo com a FAO (Food and Agriculture Organization) a porcentagem de estoques de peixes que estão dentro de níveis biologicamente sustentáveis diminuiu de 90% em 1974 para 65,8% em 2017. Em um cenário de mudanças climáticas, que acarreta em um desequilíbrio ambiental, a sobrepesca é mais um fator agravante que prejudica não só o meio marinho como as diversas pessoas que dependem da pesca como alimento e atividade econômica. É necessário pensar em soluções sustentáveis e economicamente viáveis para contornar esta situação. Com a proposta sugerida é possível minimizar o problema da sobrepesca, a partir de uma gestão mais sustentável do oceano, bem como auxiliar o pescador e consumidor a alcançar sua renda e alimento de modo mais eficiente/barato.
- ¿Qué impacto positivo tiene o tendría su propuesta en su comunidad? Cuáles son las mejoras concretas ambientales o sociales
- Essa proposta impacta positivamente diversos setores: 1) A indústria pesqueira: Redução de despesas e esforço de pesca assim aumentando sua eficácia; 2) O consumidor: Produto mais barato e acessível em decorrência a redução de gastos na pesca; 3) Gestão de pesca e políticas públicas: Melhor manejo dos estoques pesqueiros, possibilitando delimitação do exercício de pesca evitando áreas de agregação de espécies em extinção e auxiliando a fiscalização; 4) Meio-ambiente: Redução da quantidade de combustíveis fósseis usados na realização da pesca, assim reduzindo a emissão de gases de efeito estufa, ajuda a evitar o “bycatch” (as espécies que são capturadas nas pescarias, mas não são alvo das mesmas) e aumento da preservação do ecossistema marinho em função do melhor manejo dos estoques pesqueiros.
- ¿Por qué te interesa involucrarte con problemáticas que afectan al ambiente y/o a los océanos?
- Desde que era pequeno, meus pais me levavam para a praia, em especial, para Ubatuba (situado no litoral norte de São Paulo, Brasil). Lá eu fiquei encantado com o mar e com a vida que conseguia enxergar. Isso afetou fortemente a escolha da minha carreira: me formei em Oceanografia e segui com um mestrado em Oceanografia Física. Desde 2011 eu me dedico ao estudo das ciências do mar e gostaria de retribuir o meu conhecimento em algo que pudesse ajudar o meio marinho e a sociedade de alguma forma.
- Principal ODS con el que se vincula tu propuesta
- ODS 14: A vida sob a água
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